Muito se fala sobre a experiencia do usuário atualmente, é um tema bastante recente e de extrema importância e relevância no mercado. Essa área de fato deslanchou a partir do momento em que houve a quebra de paradigma em relação ao volume de usuários de computadores que se deu com a chegado do primeiro modelo de iphone. Não eram apenas os usuários que tinham interesse no novo iphone, como também os desenvolvedores. Muitas coisas e paradigmas foram quebrados a partir daquele ano e que influenciam em uma mudança bruta não apenas no design como em tudo o que um designer de mídia digital trabalha. Mas para entendermos isso, precisamos voltar um pouco no tempo e refletir sobre o desdobramento entre as tecnologias e a sua ergonomia(no sentido literal da palavra).
O design por si só é uma disciplina e carreira que tem correlação direta com a inovação, pois essa é uma das competências necessárias no arsenal de ferramentas de um bom designer, afinal, o designer é quem propõe novas maneiras de pensar, idealizar, interagir e desenvolver os objetos e serviços com os quais lidamos no nosso dia a dia, portanto, um terreno fértil para o uso da criatividade e inovação . Com a chegada do iphone, a interação entre homem e máquina mudou e tudo graças a designers como John Ivy, que conseguiram unificar conceitos de várias mídias em apenas um aparelho, dando a ela a capacidade de ser multifuncional, dando inicio ao mercado dos smartphones. Muito mudou com o surgimento deste novo mercado, inclusive afetando a todos os outros mercados e destruindo as barreiras entre o físico e digital. Além de quebrar esta barreira, os smartphones mudaram completamente a comunicação a interação e o quantidade de suportes tecnológicos. Agora as plataformas geradoras de conteúdos tem tantas opções de interação, comunicação e suportes tecnológicos que resultou na exploração e expansão de um conceito já antigo, chamado de transmídia.
O que chama atenção nisso é a necessidade que surgiu do desenvolvimento de uma nova aplicação do design, ou melhor, um aprofundamento em áreas não tão novas assim , o design de UX e UI. Esses mercados tem se desenvolvido muito nos últimos anos por conta do número crescente de usuários mobile e que utilizam smartphones. Atualmente cerca da metade do mundo tem acesso a um smartphone, logo, cerca de 4 bilhões de pessoas tem acesso às redes e também às possibilidades que esses aparelhos trouxeram.
O que mudou de fato e o que é o mais importante para nossas reflexões é o desdobramento que se deu a partir desses novos suportes. Com esses aparelhos o usuário é capaz de utilizar aplicativos e os gadgets instalados nos hardwares dos seus smartphones, como câmeras, balanças e outros acopláveis. Além disso, a interação via toque, ou touchscreen, trouxe novas maneiras em que o usuário poderia interagir com os seus smartphones e os aplicativos que neles são usados. Portanto os desenvolvedores atualmente tem interesse em inovar nessas interações ergonômicas assim como tem interesse em deixa-las mais eficientes para uma melhora na experiencia dos usuários destes aparelhos. Além da parte de interação psicomotora há também a parte atrelada à identidade visual desses formatos novos, que se mostram cada vez mais necessários de atualizações pois atualmente os suportes estão disponíveis em diversas escalas, o que influencia em como o usuário precisa interagir com esses aparelhos.
Já Transmidia é uma prática e conceito que envolve a utilização de um sistema, composto por diferentes suportes tecnológicos ou não tecnológicos e os torna conectados, criando essa rede complementar entre diferentes mídias e criando principalmente uma narrativa. A transmídia tem como papel trazer experiencias complementares e pensadas para cada tipo de suporte, sem que se perca a integridade e identidade da marca que estiver adotando essa prática. Podemos reparar como nos últimos anos as empresas e sites tem criado extensões para todos os tipos de aparelhos de interação tecnologicas, para mídias como celulares, tablets, computadores, videogames dentre outros. Com tantos suportes, mídias e novas interações as empresas podem tirar proveito desse conceito de transmídia e criar narrativas muito mais completas e complexas para seus consumidores.
Uma coisa que deve se ter em mente é como as experiências e interfaces irão mudar, além de como essas áreas serão exploradas e desenvolvidas nos próximos anos pelos designers. O papel do designer é propor novas mudanças e quebrar os próximos paradigmas. O designer mais despojado irá observar as mudanças e irá tentar propor novas soluções a partir das soluções pré-existentes e irá quebrar mais paradigmas. Esteja atento às mudanças, pois elas acontecerão sem você menos perceber, portante mantenha seus olhos abertos em relação ás mudanças. Isso é ouro.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
Jenkings, Henry ;Cultura da Convergência ; Editora Aleph; Edição: Nova Edição – Ampliada e atualizada; 2009
Deixo claro que durante esta semana não frequentei a aula de questões de mídia digital, portanto, esta será um artigo “off-topic“.
DESIGN INFORMATIVO 